quarta-feira, 13 de abril de 2011

Obras de mobilidade urbana projetadas para a Copa 2014 estão atrasadas em Porto Alegre

Jorge Seadi - Sul 21
 
As obras de mobilidade urbana, projetadas em Porto Alegre para a Copa do Mundo de 2014, estão atrasadas. A Prefeitura previa a finalização dos projetos para janeiro deste ano, mas o cronograma foi redefinido a pedido da Caixa Econômica Federal (CEF), financiadora das obras, e do Ciergs (Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), responsável pela elaboração dos projetos.

Com o objetivo de agilizar as obras, eliminando a concorrência para a elaboração dos projetos, a Prefeitura de Porto Alegre assinou um termo de cooperação com o Ciergs para a realização dos projetos, em outubro de 2009. O Ciergs vai doar o trabalho para a prefeitura. Segundo técnicos municipais, o atraso foi provocado pela demora na finalização da Matriz de Responsabilidade, divulgada em janeiro de 2010, além do detalhamento exigido pela Caixa, que é mais complexo do que o inicialmente previsto. Os projetos deverão estar prontos até julho para que a prefeitura não perca o empréstimo da Caixa Econômica Federal.

Dez obras, apenas uma com projeto concluído

Porto Alegre pretende realizar 10 obras para facilitar a mobilidade urbana durante a Copa do Mundo de 2014. O investimento pode chegar a R$ 500 milhões. No entanto, faltando 3 anos para a realização da Copa, apenas a duplicação da avenida Edvaldo Pereira Paiva, conhecida como avenida Beira Rio,  que liga o centro da cidade com o estádio Beira Rio, está em andamento, em sua primeira fase.

Duplicação da avenida Tronco

A duplicação da avenida Tronco é fundamental para facilitar o trânsito na zona sul de Porto Alegre, durante a realização da Copa do Mundo. Nos dias em que forem realizados jogos no estádio Beira Rio, as avenidas que ligam o centro da cidade ao estádio terão trânsito restrito apenas para quem vai assistir as partidas. Quem precisar chegar à zona sul da cidade terá de usar outras vias. 

Para isso, a duplicação da Tronco é vital. Além de ainda não ter projeto definido, a construção da avenida vai obrigar a retirada de 1,5 mil famílias e a prefeitura ainda precisa contratar uma empresa para fazer o levantamento socioeconômico da população atingida pelas desapropriações. Muitos moradores já disseram que não desejam sair do local.

As outras obras

Incluídas na Matriz de Responsabilidade, cinco obras estão previstas apenas para a terceira perimetral. Viadutos nos cruzamentos com a avenida Bento Gonçalves e com a Plínio Brasil Milano e passagens de nível nos cruzamentos com a Anita Garibaldi, Cristóvão Colombo e avenida Farrapos. Em todos estes pontos, a terceira perimetral apresenta, atualmente, gargalos que provocam grandes engarrafamentos com a queima desnecessária de combustível.

Mesmo assim, especialistas dizem que este tipo de obra apenas adia por alguns anos os engarrafamentos. Eles justificam a afirmativa com o crescente número de automóveis que entram em circulação na cidade. De acordo com o Detran/RS, desde 2004, a frota de veículos cresceu 31%  e a EPTC revelou que houve queda de 2,85% no número de usuários do transporte coletivo.

A Matriz de Responsabilidade prevê ainda a implantação do BRT (Bus Rapid Transport) nos corredores da avenida Protásio Alves, Bento Gonçalves e avenida Farrapos. O corredor da Farrapos poderá ser alterado caso Porto Alegre seja incluída no PAC da mobilidade urbana  que prevê a construção de uma linha de metrô ligando o centro da cidade com a zona norte.

Com informações do Portal 2014

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